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21.4.06

O demónio é o pai da mentira... 

...diz a Escritura, e isto vem a propósito dum acontecimento recente. Um cardeal disse, em Roma, ao falar para católicos que faziam o seu exame de consciência, que comparassem o tempo gasto a rezar, meditar e ler a Bíblia com o tempo gasto a ver televisão e com a Net. Resultado? Notícias a dizer que ver televisão ou navegar na Net agora são novos pecados para os católicos. Mas não foi isso que ele disse.

Aqui há uns anos, o patriarca de Lisboa afirmou que achava que era uma questão importante de responsabilidade que quem começa uma relação estável e duradoura fizesse antes exames para ter a certeza de que não infectaria o/a parceiro/a com uma doença sexualmente transmissível. Resultado? Durante semanas disse-se que agora para casar pela Igreja vai ser preciso fazer o teste da sida... estando implícito que era como se a Igreja fosse expulsar quem tivesse sida ou outras doenças sexualmente transmissíveis. Mas não foi isso que ele disse.

Não é só num âmbito religioso que estas deturpações acontecem. Quando o primeiro ministro António Guterres se demitiu, disse fazê-lo para evitar que o país caísse num pântano, e do contexto depreeendia-se que o pântano seria político. Foi depois amplamente citado como tendo dito que se demetia porque o país estava num pântano, e como se esse pântano fosse económico. Até seria verdade, e seria culpa dele. Mas não foi isso que ele disse.

E, mudando um pouco o âmbito, nos 25 anos do 25 de Abril o deputado Francisco Louçã louvou a revolução na Assembleia da República dizendo que antes do 25 de Abril as mulheres precisavam de autorização do marido para ter passaporte. Mentiu, pois isso é tão verdade como dizer que antes do 25 de Abril havia uma monarquia em Portugal. Haver, houve, mas acabou antes do 25 de Abril de 1974: acabou em 1910. Também a necessidade de autorização do marido para ter passaporte acabou antes do 25 de Abril, quando ainda era presidente do conselho Marcello Caetano, e presidente da república Américo Thomaz. Louçã mentiu. E fez mal. Eu detestaria viver num regime político com censura, com uma polícia política e (para todos os efeitos) com uma ditadura partidária, para não falar do desperdício de dinheiro, de vidas e de prestígio internacional que era a guerra colonial. Mas mentir para defender uma coisa boa é o pior que se pode fazer, pois vindo a verdade ao de cima muitos pensarão que afinal a tal coisa não era tão necessária como isso.

19.4.06

Durante a Quaresma não se canta Aleluia 

Um texto lindíssimo sobre o significado da Quaresma e o singificado da Páscoa, pelo arcebispo de Cantuária.

6.4.06

Festival da canção 

Este é o site do Festival Vicarial da Canção da nossa vigararia. Contém não só as letras, mas também ficheiros mp3 gravados no dia do festival. A canção vencedora irá ao Festival Diocesano. Eu participei com a música número 6... que não ganhou prémio nenhum!

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